quinta-feira, 30 de maio de 2013

IMB - Instituto Mises Brasil reconhece brilhantismo de Karl Marx

Quando Marx refutou Keynes e os atuais marxistas
Fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1608
por , segunda-feira, 27 de maio de 2013 

marx1.pngMarxistas, social-democratas e demais defensores do intervencionismo estatal sempre afirmaram que determinados setores da economia — principalmente saúde, educação e segurança, mas também o setor elétrico e de telecomunicações — não podem ficar por conta do livre mercado e da livre concorrência porque a ganância e a busca pelo lucro não apenas são incompatíveis com tais setores, como também levariam a preços absurdamente caros, o que prejudicaria principalmente os mais pobres.
Já os economistas seguidores da Escola Austríaca sempre afirmaram categoricamente que é justamente a busca pelo lucro em um ambiente sem protecionismos, sem privilégios, sem agências reguladoras e sem subsídios o que gera serviços da alta qualidade e preços baixos.
E a explicação é simples: como empresários, no geral, não gostam de concorrência, eles sempre se mostram ávidos por fazer lobby e utilizar o poder estatal em seu próprio interesse com o intuito de banir a concorrência e solidificar sua posição de domínio.  Eles conseguem isso por meio de tarifas protecionistas, subsídios e agências reguladoras que cartelizam o mercado e impedem a entrada de concorrentes.
Já o livre mercado, arranjo em que não há protecionismo, subsídio e agências reguladoras, é um sistema em que são os consumidores que controlam os empresários.  No livre mercado, as empresas não têm opção: ou elas servem o consumidor de maneira eficaz ou elas fecham as portas.  E servir o consumidor de maneira eficaz significa estar sempre ofertando bens e serviços de qualidade crescente a preços cada vez menores.
É justamente o governo — com seus subsídios, privilégios especiais (como tarifas protecionistas e execução de obras públicas com empreiteiras privadas) e restrições à concorrência (por meio de agências reguladoras e exigências burocráticas) — quem promove monopólios e oligopólios, e consequentemente preços altos e serviços de baixa qualidade.  Sendo assim, se você quiser serviços de qualidade a preços cada vez menores, você tem de defender o livre mercado.
Sabe quem concorda com tudo isso?  Ninguém menos que Karl Marx.  Não deixa de ser curioso constatar que Marx entendeu perfeitamente essa realidade.  Mais ainda: ele foi explícito em demonstrar isso.  No quesito "efeitos benéficos da livre concorrência", Marx concorda com os austríacos e discorda de todos os atuais marxistas e demais intervencionistas.  Veja o que ele escreveu logo nas páginas iniciais do Manifesto Comunista:
A burguesia, pelo rápido melhoramento de todos os instrumentos de produção, pelas comunicações infinitamente facilitadas, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os preços baratos das suas mercadorias são a artilharia pesada com que deita por terra todas as muralhas da China, com que força à capitulação o mais obstinado ódio dos bárbaros ao estrangeiro. Compele todas as nações a apropriarem o modo de produção da burguesia, se não quiserem arruinar-se; compele-as a introduzirem no seu seio a chamada civilização, i. é, a tornarem-se burguesas. Numa palavra, ela cria para si um mundo à sua própria imagem.
Em suma: além de creditar à burguesia e aos seus instrumentos de produção — isto é, ao sistema de lucros e prejuízos — a façanha de retirar nações da barbárie e levá-las à civilização, Marx afirma categoricamente que o modo de produção burguês — que nada mais é do que a busca pelo lucro — gera mercadorias a preços baratos.  E não apenas isso: ele afirma que o sistema de lucros e prejuízos compele todas as nações a adotarem este modo de produção, sob pena de se arruinarem por completo caso não o façam.
Ou seja, o real problema dos atuais marxistas e demais intervencionistas que se dizem contrários a serviços de saúde, educação, segurança, energia e telecomunicações serem ofertados em um ambiente de livre concorrência, pois seriam caros e inacessíveis para os pobres, é que eles certamente não leram Marx.  Se leram, não entenderam.  Marx entendeu perfeitamente que a busca pelo lucro sob um arranjo de livre concorrência leva ao barateamento dos produtos e serviços, e que tal barateamento é "a artilharia pesada com que [o sistema de lucros] ... compele todas as nações a apropriarem o modo de produção da burguesia [e se tornarem civilizadas], se não quiserem arruinar-se."
Ao contrário dos marxistas atuais que defendem a estatização de vários serviços sob o argumento de que isso reduziria seus preços, Marx entendeu que é a busca pelo lucro o que realmente derruba os preços, e não a estatização destes serviços.
Como se não bastasse, Marx também disparou um petardo contra keynesianos defensores de estímulos fiscais e de políticas de endividamento estatal.  Marx zombou o keynesianismo antes mesmo de este sistema ter sido criado — algo possível porque não havia absolutamente nada de original nas ideias de Keynes.
Eis o que escreveu Marx em O Capital, capítulo 24, seção 6, "A Gênese do Capitalista Industrial":
A única parte da chamada riqueza nacional que realmente está na posse coletiva dos povos modernos é a sua dívida pública.  Daí ... a doutrina moderna de que um povo se torna tanto mais rico quanto mais profundamente se endividar.  A dívida pública torna-se o credo do capital.  E, com o surgir do endividamento do Estado, vai para o lugar dos pecados contra o Espírito Santo — para os quais não há qualquer perdão — o perjúrio contra a dívida do Estado.
Como com o toque da varinha mágica, [a dívida pública] reveste o dinheiro improdutivo de poder procriador e transforma-o assim em capital.  ... [Mas] a moderna política fiscal... traz em si própria o germe da progressão automática. A sobretaxação não é um acidente, mas sim um princípio.
Conclusão
Eis, portanto, as duas crenças que um genuíno seguidor de Karl Marx deve apresentar: a busca pelo lucro em um ambiente de livre mercado gera redução de preços, e políticas fiscais keynesianas, além de serem um método de escravização, fazem com que dinheiro improdutivo seja ilusoriamente visto como capital gerador de riqueza.  Mais ainda: segundo Marx, criticar o endividamento do estado passou a ser visto pelos defensores da gastança estatal como um ato equivalente a uma blasfêmia contra o Espírito Santo.
Logo, se você é um marxista defensor dos pobres e quer que eles tenham acesso a bens e serviços de qualidade a preços baixos, você tem de defender o livre mercado.  Se você defende que o povo tenha poder sobre as empresas, você tem de defender o livre mercado.  E se você é contra a escravização do povo pelas elites financeiras, você tem de defender que os gastos do governo sejam restringidos ao máximo. 
Agora, se você defende que o governo regule o mercado e gaste demasiadamente, você estará defendendo os interesses das grandes empresas e das elites financeiras, e estará defendendo que elas tenham privilégios sobre os pobres e que elas os oprimam com a abolição da concorrência, com preços altos e com serviços precários.
Palavras de Marx.

Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

postado por Leandro Roque | 27/05/2013

18 comentários
Sergio 27/05/2013 21:56:44
Muito bom! Aliás, há várias passagens no Manifesto Comunista que são verdadeiras odes ao capitalismo. Não entendo como os marxistas não sacaram que Marx, na realidade, via o capitalismo com admiração, e justamente por isso o temia e o atacava.
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Fernando Chiocca 28/05/2013 04:21:47
Fora que Marx dizia que o socialismo só seria alcançado depois que o capitalismo se exaurisse. Ou seja, quem é marxista tem que defender o livre mercado ao extremo e ser radicalmente contra qualquer intervenção no mercado.
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Henrique Mareze 27/05/2013 23:43:06
Interessante análise, Leandro. O estranho é o fato de Marx ter feito essas asserções e, ainda assim, defender o contrário: a estatização dos meios de produção a fim de atingir o socialismo. No mínimo, bizarro.

O pior é ver muitos comunistas afirmando que empresas que foram tomadas pelos trabalhadores não só conseguiram se manter, mas como, também, produziram mais e deixaram todos no pé da igualdade. E outros, além, defendendo que povos autóctones, como as mais variadas etnias indígenas que viviam no Brasil antes de seu ''descobrimento'', formavam uma espécie de coletivismo e possuíam um bem estar geral.

Conheço até um professor que teve a infelicidade de dizer que os índios pré-descobrimento viviam melhor do que nós hoje. Haja paciência!

Abraços.
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Ali Baba 28/05/2013 11:41:08
@Henrique,

De fato viviam melhor os índios pré-descobrimento. Até os 20-25 anos, quando tinham uma dor-de-dente, o pajé resolvia tratar com infusão de folhas e o índio morria de sepse generalizada.

Mas até então sua vida consistia de caçar, pescar e faturar as índias. Não tinha cartão-ponto, hierarquia rígida ou impostos. De fato uma vida melhor... ainda que curta.
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Ricardo 27/05/2013 23:50:42
Marx também defendia o livre comércio, ao menos em alguns trechos de sua obra. E era contra os sindicatos. Como escreveu Mises,

"Karl Marx, no segundo estágio de sua carreira, não era um intervencionista; ele era um defensor do laissez-faire. Como ele imaginava que o colapso do capitalismo -- e sua consequente substituição pelo socialismo -- ocorreria somente quando a capitalismo estivesse plenamente maduro, ele era a favor de deixar o capitalismo se desenvolver plenamente. Sob esse aspecto ele era, em suas escritas e em seus livros, um defensor da liberdade econômica.

Marx acreditava que medidas intervencionistas eram prejudiciais, pois elas atrasavam a chegada do socialismo. Como os sindicatos sempre exigiam intervenções, Marx era contra eles."

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1170
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Erick Skrabe 28/05/2013 02:09:44
Excelente artigo, Leandro.
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Leandro 28/05/2013 02:18:16
Obrigado, Erick.
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Eric Lima 28/05/2013 03:10:14
Incrível que exatamente ontem terminei de ler uma pequeno livro de Marx endereçado aos operários em que o propósito dela era explicar um pouco de economia. O nome do livro é "Trabalho Assalariado e Capital".

Ele nitidamente reconhece que o capital é essencial para o aumento da produtividade e que sem isso não é possível o aumento dos salários dos operários. Ele falha pois a argumentação dele se baseia simplesmente na inveja, pois de acordo com ele mesmo que haja, tanto para o empregador como para o empregado um aumento em seus rendimentos, o aumento do proprietário do capital é maior e, por isso, de acordo com Marx, a escravidão aumenta por causa da diferença relativa entre os ganhos dos dois.

Ele também compreende a relação entre o aumento do capital e o aumento da mão de obra e diz que existe uma tal relação entre os dois que o aumento de um implica no futuro o aumento de outro. Mais pra frente ele então se contradiz quando fala que o aumento do capital causa demissões e então critica a posição que os liberais defendiam de que esses trabalhadores seriam realocados no futuro. Mas observe que essa argumentação que ele critica está ligada ao que ele reconhece como sendo a relação entre capital e trabalho antes, ou seja, de que o aumento de um implica no aumento do outro no futuro.

Conclui, portanto, que ele conhece, se não muito bem ao menos relativamente bem, a ponto de reconhecer questões fundamentais ao funcionamento do mercado, mas acaba cometendo erros lógicos terríveis quando conecta esses fatos à realidade. Outros dois erros dele é dizer que os ganhos relativos tornam os trabalhadores escravos do capital pela mesma relação explicada antes e que o valor dos produtos estão embutidos o valor do trabalho. É triste saber que depois dele tão poucas pessoas foram capazes (se bem que quem sabe não foi preguiça de ler seus escritos) de rebater suas afirmações errôneas, pois ele reconheceu os benefícios do mercado, mas ainda sim repudiava a principal figura que o movia, o empreendedor mais conhecido como burguês.
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Arthur 28/05/2013 05:00:02
É preciso entender a diferença de estatização de empresas e socialização dos meios de produção. Não sou um estudioso da obra de Marx, mas o que para mim sempre pareceu muito claro, e que a maioria das pessoas parece se confundir, é que, no comunismo defendido por Marx, as empresas, seus lucros e despesas, são de propriedade dos trabalhadores, todos tem igual responsabilidade e participação nos ganhos, não havendo assim a figura de um empregador que enriquece graças ao trabalho de outras pessoas.
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Leandro 28/05/2013 09:58:41
Não, isso é uma confusão conceitual. Marx e os marxistas sempre foram explícitos em defender o fim da propriedade privada dos meios de produção. Uma empresa cujos meios de produção estão nas mãos dos operários ainda configura propriedade privada dos meios de produção.

Se os operários da GM fizerem um motim e tomarem a fábrica, tenha certeza de que eles imediatamente atribuirão para si, e apenas para si, o controle das máquinas. Quem está de fora não palpitará em nada. Você e eu não mandaremos em nada ali -- e isso fere a noção de abolição da propriedade privada dos meios de produção.

A crítica que Marx fazia àquilo que ele chamava de "modo burguês de produção" é justamente uma crítica à propriedade privada dos meios de produção, um arranjo inerentemente voltado para o lucro. Defender o fim da propriedade privada dos meios de produção significa, por definição, defender que todos os habitantes de um país tenham poder de palpitar sobre o que deveria ser feito com cada máquina de cada fábrica. Qualquer outro arranjo que não seja esse ainda configura um resquício de propriedade privada dos meios de produção.

Agora, pode-se argumentar que Marx, no íntimo, talvez não fosse realmente contra a propriedade privada dos meios de produção, mas sim a favor de que tais meios estivessem em posse de operários. Seria um bom ponto, mas seria apenas ilação. Mesmo porque não foi isso que ele vocalizou. Ele foi explícito em defender o fim da propriedade privada dos meios de produção. E tal medida, se levada ao pé da letra, equivale a uma estatização geral dos meios de produção, com a consequência de que todos os habitantes de um país teriam uma igual fatia de poder decisório sobre o que deveria ser feito com cada máquina de cada fábrica. Exequível?
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Pedro 29/05/2013 20:53:06
Porém essa empresa tomada, agora uma cooperativa, não só repassaria o lucro igualmente - o que ainda é propriedade privada - mas produziria algo dentro das nascecidades da comunidade(a criatividade seria controlada) como venderia em troca das proprias nescidades(anulando a busca de lucro). A GM só produziria o carro padrão na contidade padrão.
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Leandro 29/05/2013 21:08:22
Falta apenas explicar como esse festival de contradições seria possível.

Primeiro você diz que o lucro seria repassado para os trabalhadores. Porém, logo em seguida, diz que a busca do lucro seria anulada. Ué, como é que isso se fecha? Se haverá uma anulação da busca pelo lucro, então como é que o lucro será repassado aos trabalhadores?

Mais ainda: você diz que a cooperativa produziria exclusivamente para suprir as necessidades da comunidade. Novos problemas. Quem vai definir as necessidades da comunidade? E se houver divergências quanto às necessidades? Pior ainda: na remota hipótese de que essa pendência seja resolvida, se as vendas serão exclusivamente para atender as necessidades, de onde virá o lucro que será repassado para os trabalhadores? Você próprio afirmou que ele seria abolido.

E tem mais: mesmo que houvesse algum lucro e este fosse repassado para os trabalhadores, como a fábrica faria investimentos para renovar suas máquinas e todos os bens de capital? Você sabe que estas coisas precisam de reposição contínua, né? Como haverá reposição sem lucros?

E para terminar: Por que estes trabalhadores que não querem ser explorados e que querem assumir o controle dos meios de produção não criam eles próprios suas cooperativas? Absolutamente nada os impede de fazer isso.

Se uma enorme quantidade de trabalhadores se juntasse, eles sequer precisariam de financiamento. Poderiam utilizar a própria poupança. O que houve com o "trabalhadores do mundo, uni-vos!"? Qualquer grupo de 100 operários do ABC poderia se juntar e criar suas próprias cooperativas. Eles não são pobres. O que os impede?

Você é a prova prática de que um marxista ainda não saiu do jardim de infância. Não tem a mínima ideia de como funciona o mundo real.
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Andre 28/05/2013 11:49:22
Outro bom argumento contra os intervencionistas é dizer que muito mais importante do que saúde, educação e segurança é a COMIDA, pois sem ela todos MORREM DE FOME, em pouquíssimo tempo.

E como sabemos sempre que o governo assumiu o controle da produção e distribuição de alimentos houve fome em massa. O que prova que nada deve ser controlado pelo governo, pois o controle/intervenção do governo só gera escassez além da que já existe naturalmente.

Vide Venezuela hoje:


Nesse ritmo daqui há alguns anos Venezuela será como Cuba. O governo dirá que tudo é maravilhoso mas ninguém que está dentro poderá sair sem deixar parentes como reféns e quem está fora não poderá entrar com câmeras para mostra as "maravilhas" do socialismo para o resto do mundo.
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Ali Baba 28/05/2013 11:52:38
O problema com o socialismo em particular, mas com qualquer forma de estatismo, é que ele presume pessoas perfeitamente morais em controle do estado.

Quando o dito "contrato social" criou o estado como um super-homem, para concentrar todos os direitos de que o homem abriu mão para viver em sociedade, ele não previu que seriam justamente homens que tomariam conta desse super-homem, o que, na prática, divide a sociedade nos que têm poder ilimitado e nos que não têm poder algum.

Pessoas perfeitamente morais (ou super-homens) não existem. Quanto antes a sociedade perceber que esse é o erro fundamental do estatismo, mais cedo teremos uma sociedade ancap. Quanto antes a sociedade se der conta que o que mantém o homem "na linha" é a propriedade privada e o sistema de lucros e prejuízos, melhor.
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Lopes 28/05/2013 16:15:15
Excelente, Leandro. Entretanto, temo pelo cenário intelectual econômico moderno quando esse nos força a estabelecer uma intersecção entre o pensamento marxista e austríaco.
Tendo eu experimentado da maré vermelha no passado, foi de caráter único reviver um paralelo entre Marx e Bastiat que notara no passado quando movido pela curiosidade de construir uma opinião econômica racional.

É mister perguntarmo-nos: Que ocorrera ao debate econômico ocidental entre Stuart Mill, Marx e Keynes que motivara toda uma geração de economistas a abandonar o bom-senso e a menor capacidade de auto-crítica quanto às medidas por ela estabelecidas para atingir seus fins?

Pensamentos semelhantes aos de Keynes já prosperavam na periferia do pensamento econômico em meados do século XIX(Vide Gesell), entretanto, que absurdos ocorreram à geração de nosso Lord predileto para que viessem a estabelecer um pensamento econômico e social baseado no evangelho do gasto estatal e na sabedoria da demanda agregada?
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Pupilo 28/05/2013 19:52:34
Mas se Marx sabia dos benefícios do livre mercado, porque ele era contra a propriedade privada?
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Ricardo 28/05/2013 20:21:30
Como escreveu Mises,

"Karl Marx, no segundo estágio de sua carreira, não era um intervencionista; ele era um defensor do laissez-faire. Como ele imaginava que o colapso do capitalismo -- e sua consequente substituição pelo socialismo -- ocorreria somente quando a capitalismo estivesse plenamente maduro, ele era a favor de deixar o capitalismo se desenvolver plenamente. Sob esse aspecto ele era, em suas escritas e em seus livros, um defensor da liberdade econômica.

Marx acreditava que medidas intervencionistas eram prejudiciais, pois elas atrasavam a chegada do socialismo. Como os sindicatos sempre exigiam intervenções, Marx era contra eles."

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1170
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Eric Lima 29/05/2013 02:00:51
Ele era um incoerente! Ele assumia os benefícios e do nada mudava o discurso dizendo que o "proletário" era escravo do capitalista e que o ganho relativo revelava a "escravidão". É claro que ele via esse ganho relativo à produção como escravidão por causa da teoria valor-trabalho

Um comentário:

  1. Interessante como fizeram um malabarismo para transformar Marx no maior defensor de quase tudo o que a direita defende.

    Como Marx poderia ser contra os sindicatos se ele era o que mais pregava pela organização da classe trabalhadora, a nível local, nacional e internacional?

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