sábado, 15 de dezembro de 2012

Brasil é 8º em ranking de transparência do gasto público

02 de fevereiro de 2009 | 18h 06 GUSTAVO URIBE - Agencia Estado

O Brasil está na oitava posição do ranking de países de maior transparência na administração dos gastos públicos, de acordo com relatório divulgado ontem pelo International Budget Partnership (IBP), instituto americano responsável por analisar e monitorar a transparência de governos na divulgação de seus gastos. Em estudo realizado com 80 países durante o ano passado, o relatório aponta que cerca de 80% deles não prestam contas de seus gastos.







Para medir a diferença no grau de transparência entre os países, o instituto criou o Open Budget Index, que vai de 0 a 100%. No ranking da IBP, o governo federal brasileiro atingiu 74%, ficando à frente da Alemanha (64%), Índia (60%) e Rússia (68%). O relatório aponta que os dados fornecidos aos brasileiros quanto aos gastos públicos são "satisfatórios", elogiando o compromisso do Brasil em divulgar seus dados e a possibilidade da população de acompanhar os gastos e planos anuais de governo.







No entanto, o IBP indica que o País tem "certa dificuldade em monitorar os seus gastos" e só os publica uma vez por ano, uma vez que o ideal seria publicá-los a cada semestre. Outra crítica ao Brasil é a falta de clareza na divulgação das informações, que, em "linguagem técnica", torna pouco acessível o entendimento do público em geral, com o que concorda o coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), João Roberto Lopes, entidade responsável pelo envio de informações ao IBP. "No Brasil, é possível acompanhar os dados orçamentários pela internet, com um bom nível de detalhamento, embora a linguagem usada não seja tão compreensível a todos", disse.







Segundo Lopes, apesar da boa classificação, o Brasil apresenta gargalos na divulgação das contas do governo, principalmente em estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). "O orçamento não contempla os gastos das grandes estatais, o que permite irregularidades e investimentos que não são de interesse da população", afirmou.

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