quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PV O PARTIDO DA BOQUINHA

Do Verdes arejam o derretimento da direita
via Carta Maior
No México, os ambientalistas do Partido Verde Ecologista (PVEM), apoiaram o candidato da direita, Henrique Peña Nieto, do PRI. Na Venezuela, o Movimento Ecológico Venezuelano,cujo símbolo é um radiante girassol, entregou-se de corpo e alma à candidatura do engomadinho Henrique Capriles Randonski, com o qual os golpistas de ontem testam sua versão 'moderna e jovem' de hoje. Em São Paulo, o PV apoia José Serra, que dispensa apresentações. Em Salvador, os verdes estão fechados com o demo Antonio Carlos Magalhães Neto, de tradição conhecida. 

Alianças e coligações são poções frequentemente indigestas e nem sempre contornáveis na disputa política. Em São Paulo, o PT provou do intragável ao disputar com Serra o minuto e meio do PP no horário eleitoral; o preço da vitória foi cobrado em espécie: a desgastante foto com Maluf custou a Fernando Haddad a perda de Luiza Erundina.

No lusco-fusco eleitoral uma palavra divide as margens do mesmo rio: hegemonia. O PT é criticado pelo padrão catch-all com o qual pavimentou o caminho ao poder, embarcando em seu comboio tudo o que aparecer pela frente. A pecha de 'partido-ônibus' convive com o reconhecimento unânime de que essa voracidade não alterou uma determinação de exercer a hegemonia do processo. O que se passa com boa parte do ambientalismo --não todo ele- é o avesso disso.

Ao assumir a função de glacê para tornar digerível uma direita que já não ousa sequer apresentar-se como tal, o ambientalismo distrai a opinião pública servindo de camuflagem a uma lógica destrutiva contra a qual, supostamente, deveria lutar.

Se 'o verde' carece de seriedade, o mesmo não se pode dizer da urgência ambiental.

O meio-oeste dos EUA vive a sua pior seca em meio século. O corn-belt, de onde sai a metade do milho comercializado no planeta, avalia perdas de safra da ordem de 20 a 35 milhões de toneladas este ano. Secas da Sibéria à Índia contrastam com a virulência das inundações recentes no Japão, Coréia, China e Filipinas. É temporada de tufões e ciclones, justificam os céticos do aquecimento. A frequência dos eventos extremos, porém, não sanciona a complacência engajada na defesa dos interesses emissores dos países ricos.

Picos de calor que costumavam ocorrer uma vez a cada 20 anos, ganharam padrão anual e bianual, informa a Nasa. No final de junho, Atlanta, nos EUA, registrou a maior temperatura de sua história: 41 graus Celsius. Washington foi açoitada por ondas de calor, as mais elevadas dos últimos 135 anos. No centro e no sul da Espanha os termômetros atingiram cerca de 40 graus, provocando os maiores incêndios em duas décadas nos bosques do país.

Forças e interesses aglutinados em torno de candidaturas como as de Capriles, Pena Nieto ou Serra são parte do problema ambiental que sacode e estreita o horizonte humano. Ao aliar-se a elas o ambientalismo não apenas se desqualifica, como corrói a credibilidade de uma agenda de pertinência histórica e urgência crucial.

Em muitos casos, a manipulação do celofane verde não é sequer dissimulada. Antonio Carlos Magalhães Neto, candidato demo à prefeitura de Salvador, não hesita ao responder por que escolheu a educadora Célia Sacramento do PV, como vice: 'Arejar a chapa; faço questão de dizer que se trata de uma candidatura pluripartidária', escancara.Mais reservado, um membro de sua equipe confidenciou ao jornal Valor, desta 3ª feira, que o partido de ACM Neto, o DEMO, ficará totalmente "out" da campanha. "Se não fizermos isso, estamos mortos", admitiu.



Comentário:
O PLinio de Arruda do Psol ja disse muita bos** mas uma coisa que ele disse que é muito verdade verdadeira:
"O PV é o partido da boquinha" 
Que a verdade seja dita, o PV não tem ideologia politica, não são nem de direita, nem de centro, muito menos de esquerda, fazem qualquer negocio, são capaz de fazer de tudo pra obter um espaço com os poderosos coronés da politica nacional. Uma vergonha né dona Marina?"

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