segunda-feira, 20 de agosto de 2012

LUTA POR DIREITO OU POR PRIVILÉGIOS? É GREVE OU PALHAÇADA


Pagamento a servidores federais teve aumento de 133% em oito anos
19/8/2012 16:06, Por Redação, com ABr - de Brasília

Diante da greve generalizada de várias categorias, dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento apontam que as despesas com a folha de pagamento dos servidores federais subiram de R$ 64,7 bilhões, em 2003, para R$ 151 bilhões no final do ano passado, totalizando um aumento em 133% pelo governo.


No acumulado do ano, os gastos com pagamento de pessoal somam R$ 182,2 bi

No acumulado do ano, os gastos com pagamento de pessoal somam R$ 182,2 bilhões. As despesas incluem salários de servidoresmilitares e civis que estão na ativa, aposentados e pensionistas. Na contramão dos pleitos dos sindicalistas, que reivindicam reestruturação de carreira, o professor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Roberto Macedo, sugere cautela e acende o alerta para o grau de “endividamento” do governo federal.

- Essas reivindicações por reestruturação salarial carregam uma série de distorções que fica difícil corrigir como os funcionários querem. Todos querem ganhar mais, mas o governo não tem como conceder isso. Não se pode tratar cada reivindicação isoladamente, afinal, o patrão é o mesmo. Caso o governo atenda todo mundo, vai piorar ainda mais as distorções – disse.

Macedo defende a posição da presidenta Dilma Rousseff, que tenta segurar aumentos muito impactantes. “Impossível atender todo mundo. O governo não tem todo esse dinheiro, neste momento o caixa está ruim. O reajuste só devia ser o da inflação para tentar normalizar a folha de pagamento. Os salários iniciais já tem começado muito altos”, disse o especialista em economia.

Segundo o Ministério do Planejamento, todas as reivindicações salariais somam R$ 92 bilhões, metade da folha de pagamento atual. Nesta semana, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, revelou que R$ 14 bilhões é o número inicial para o reajuste de servidores. Mesmo com o “anúncio” do piso, ainda não foi divulgado o teto que o governo está disposto a abrir mão para atender às categorias. Segundo Carvalho, o valor não está definido, porque “muda o tempo todo”.

Enquanto o entrave não se desenrola, atividades públicas seguem paralisadas pelos país. Servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, agências reguladoras, universidades federais, auditores fiscais da Receita Federal, entre outros, estão em greve e buscam, entre outros pleitos, a melhoria salarial.

O Ministério do Planejamento estima que as paralisações atinjam entre 75 mil e 80 mil funcionários públicos. Em contrapartida, para os representantes dos sindicatos em greve, 370 mil servidores cruzaram os braços em todo o país.


Comentário:
Obvio que o direito a greve deve ser respeitado, obvio que o trabalhador merece respeito e ser valorizado. Mas e quando estes trabalhadores são justamente aqueles mais beneficiados e que recebem os melhores salários? O que estamos assistindo não é uma luta justa por direitos, mas uma jogada politica medíocre onde setores abastados da sociedade assediam o governo federal em busca de privilégios. Segundo os estudos, os salários destes servidores federais não estão defasados. Eles são os que obtiveram os maiores aumentos durante os últimos tempo, aumentos reais, superiores ao acumulado da inflação no período. Isto por si só torna suas exigências incoerentes, demonstrando que essas greves não possuem caráter trabalhista, mas politico. Estão chantageando o governo exigindo direitos que não possuem e coisas que o governo não tem como oferecer. Duvido que se fossem trabalhadores do setor privados, estariam agindo assim com tamanha audácia.

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